Diamante roxo raro de 0,45 quilates descoberto na mina Diavik da Rio Tinto

A Rio Tinto anunciou a descoberta de um diamante roxo extremamente raro de 0,45 quilates na sua mina Diavik, no Canadá.

07 de julho de 2025

Kavango inicia construção de planta de processamento de ouro com capacidade de 50 t/dia no Zimbábue

A Kavango Resources, listada na bolsa de Londres, começou a construir uma planta piloto de processamento de ouro com capacidade para 50 toneladas por dia, utilizando o método CIP (carbon-in-pulp), na sua mina Bill's Luck, dentro do Projeto...

07 de julho de 2025

O diamante rosa de Maria Antonieta é vendido por quase US$ 14 milhões na Christie's

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07 de julho de 2025

Mineração de terras raras terá início em Quebec em 2028

A empresa Torngat Metals, sediada em Quebec, planeia iniciar a mineração de metais de terras raras no depósito de Strange Lake, na região norte de Quebec, em 2028, e lançar uma planta de processamento de minério na cidade de Sept-Îles (província...

07 de julho de 2025

Tiara vintage da Cartier é vendida por US$ 1,1 milhão na Bonhams

Uma rara tiara Art Déco da Cartier que pertenceu a Nancy, viscondessa Astor — a primeira mulher membro do Parlamento — foi vendida por US$ 1,1 milhão (£ 889.400) em um leilão privado na Bonhams, em Londres, mais do que o dobro de sua estimativa...

07 de julho de 2025

Empresário do sector dos diamantes fala sobre a paixão, os desafios e o futuro da beneficiação em África

23 de junho de 2025

Desmond_Madumetja_Ratsoma_big.jpgPara Desmond Madumetja Ratsoma, o cofundador e diretor da OCGems, os diamantes representam muito mais do que pedras preciosas brilhantes - simbolizam o potencial inexplorado de África, o artesanato e a transformação económica.

Numa entrevista exclusiva, o beneficiador emergente partilha ideias sobre a entrada no sector, a superação de desafios e o papel fundamental da produção local de diamantes no futuro da África do Sul.

Segundo ele, o futuro dos diamantes da África do Sul reside na transição da extração de recursos para a liderança na produção.

Esta mudança, disse Ratsoma, requer investimento em infra-estruturas e práticas comerciais éticas para construir um ecossistema sustentável.

Sublinhou também a necessidade de um sistema de apoio robusto - incluindo preços justos para os diamantes em bruto, assistência financeira, desenvolvimento de competências e acesso ao mercado global - para ajudar as empresas emergentes a enfrentar estas tempestades.

Ratsoma disse que a sua perseverança advém do facto de ver o impacto tangível do seu trabalho, quando as peças de diamante fabricadas localmente chegam aos clientes, simbolizando as capacidades crescentes de África na produção de valor acrescentado.

Abaixo estão alguns excertos da entrevista.


O que o inspirou a entrar no sector dos diamantes e o que considera mais gratificante ao trabalhar nesta indústria?

Enquanto crescia, sempre me fascinou a beleza e o simbolismo dos diamantes, e sempre pensei que eles eram extraídos na sua forma polida. Só quando participei na [formação] de beneficiação de diamantes é que descobri o longo percurso e as competências envolvidas na sua transformação. O que mais me inspira é ver os artesãos locais transformarem-se em profissionais de classe mundial, produzindo diamantes que competem a nível mundial - ao mesmo tempo que criam empregos sustentáveis e elevam as nossas comunidades.

Qual a importância da colaboração na indústria dos diamantes?

A colaboração é essencial. A indústria dos diamantes é inerentemente global e o sucesso depende da sinergia em toda a cadeia de valor - desde os mineiros aos fabricantes, comerciantes e decisores políticos. As parcerias, tanto locais como internacionais, ajudam a criar confiança, a transferir conhecimentos e a impulsionar a inovação. A colaboração é fundamental para promover uma indústria sustentável e inclusiva.

Qual é o papel que vê para os pequenos beneficiadores emergentes na indústria dos diamantes em geral?

Todas as multinacionais já foram uma start-up - uma ideia apoiada pela coragem. Os pequenos beneficiadores e os emergentes são fundamentais para a transformação do nosso sector. A sua agilidade, abertura à inovação e raízes profundas nas comunidades locais fazem deles poderosos agentes de mudança. Não só descentralizam a beneficiação, como também contribuem para a criação de emprego, a inclusão e o crescimento económico baseado na comunidade.

Que papel desempenhou o State Diamond Trader (SDT) no seu percurso empresarial no sector dos diamantes?

O SDT tem sido fundamental para o nosso crescimento. Uma das maiores barreiras para os beneficiadores emergentes é o acesso a diamantes em bruto, e a SDT tem fornecido consistentemente essa porta de entrada. Além do fornecimento, eles criaram plataformas vitais para exposição - como o Hong Kong Show e seu Inaugural Diamond Show, lançado na Cidade do Cabo no início de 2025 - o que nos ajudou a nos conectar com os mercados e ganhar visibilidade. O seu empenho em apoiar a beneficiação local continua a abrir portas a empresas como a nossa.

Quais são os desafios enfrentados pela sua empresa, tendo em conta o estado prolongado do mercado?

A incerteza económica global tem tido um impacto significativo no sector dos bens de luxo, e as vendas de diamantes não são exceção. Para as pequenas empresas, isto traduz-se em desafios ao nível do fluxo de caixa e em amortecedores financeiros limitados para fazer face a períodos de recessão. É um ambiente difícil que exige resiliência, inovação e apoio estratégico.

Apesar das difíceis condições do mercado, o que o mantém motivado e apaixonado pelo sector dos diamantes?

O que me motiva é a transformação que estamos a criar. Ver um cliente usar orgulhosamente uma peça de diamante fabricada localmente - é quando tudo se completa. Isso confirma o nosso objetivo. Estamos a construir algo maior do que um negócio; estamos a ajudar a moldar uma indústria de diamantes africana autossuficiente, enraizada na excelência e impulsionada pela adição de valor no país.

Que tipos de apoio são mais importantes para que os beneficiários pequenos e emergentes tenham sucesso?

O acesso a diamantes em bruto a preços competitivos continua a ser o elemento mais importante. Este deve ser acompanhado de apoio financeiro, formação técnica e acesso aos mercados mundiais. Também é necessário investimento em infra-estruturas e orientação para ajudar estas empresas a navegar nas complexidades do sector e a crescer de forma sustentável.

Que conselhos daria aos aspirantes a empresários que querem entrar no sector da beneficiação de diamantes?

Comecem pela formação - conheçam o vosso produto e a cadeia de valor. Depois, construa uma rede sólida e encontre mentores no sector. É um sector difícil, mas aqueles que são persistentes, adaptáveis e focados na qualidade podem ter sucesso. É importante manter o compromisso com as práticas éticas e a capacitação local.

Qual a importância da beneficiação de diamantes para o sector dos diamantes e para a economia da África do Sul?

É vital. A beneficiação permite à África do Sul reter mais valor dos seus recursos naturais, criando empregos, promovendo competências e estimulando o crescimento económico. Embora o nosso país seja conhecido pela extração de diamantes, o nosso futuro passa por ser igualmente conhecido pelo fabrico, inovação e design de diamantes.

O que significa para si o diamante natural?

Para mim, Real é Raro. Um diamante natural representa não apenas beleza, mas também legado, autenticidade e transformação. Cada pedra tem uma história que começa nas profundezas da Terra e, através das mãos locais, torna-se num símbolo de identidade, amor e possibilidade. Reflete o potencial de África - não apenas como fonte de recursos - mas como um continente de criadores e inovadores.

Mathew Nyaungwa, Editor Chefe, para a Rough & Polished