Os activistas dos direitos humanos instaram a London Bullion Market Association (LBMA) a fazer mais para excluir da sua cadeia de abastecimento o ouro proveniente de fontes não sustentáveis.
De acordo com uma carta enviada à LBMA e analisada pela Reuters, algumas refinarias de ouro que estão incluídas na lista de fornecedores sustentáveis Good Delivery da associação, continuam a adquirir ouro de "fornecedores e minas questionáveis" e não estão a combater "graves violações dos direitos humanos e degradação ambiental". A carta foi enviada por oito organizações não governamentais que analisam o sector mineiro.
As ONG disseram que houve "algumas ligeiras melhorias" nos sistemas da LBMA desde 2021, mas que "muitas" refinarias na lista têm, nos últimos anos, adquirido ouro de fornecedores ligados à lavagem de dinheiro, poluição da terra e da água ou abusos dos direitos humanos.
Um dos exemplos citados na carta foram os Emirados Árabes Unidos, que não produzem ouro, mas são um país de origem de quase 150 toneladas métricas de ouro vendidas aos refinadores Good Delivery em 2021.
"A origem desse ouro não são os Emirados Árabes Unidos, ele apenas transitou por este país", dizia a carta, pedindo que as refinarias relatassem publicamente as origens do ouro.
A LBMA disse que planeia discutir várias propostas relacionadas com as preocupações da ONG numa cimeira sobre o fornecimento responsável de minerais em Londres, no final desta semana.
Theodor Lisovoy, Editor Chefe do Bureau Europeu, para a Rough&Polished