Os bancos de desenvolvimento africanos são considerados as fontes de financiamento mais prováveis para a mina de ouro de 250 milhões de dólares proposta pela Caledonia no Zimbabué, de acordo com os meios de comunicação social que citam um executivo sénior da empresa.
A Caledonia, empresa proprietária da mina de ouro Blanket no Zimbabué, está atualmente a atualizar um estudo de viabilidade para a construção de uma nova mina em Bilboes.
Esta nova mina tem potencial para se tornar a maior mina de ouro do país, com uma produção anual projectada de pelo menos 170.000 onças. A Caledonia, apoiada por investidores como a BlackRock e o gestor de fundos Allan Grey, sediado na Cidade do Cabo, está entre os raros investidores estrangeiros, a par da Anglo American Platinum e da Impala Platinum, que optaram por navegar na difícil economia do Zimbabué, caracterizada pela escassez de divisas e por crises de hiperinflação.
A Reuters cita o presidente executivo da empresa, Mark Learmonth, que afirmou, durante uma conferência telefónica, que a empresa está atualmente a iniciar conversações com os credores que são considerados os parceiros mais prováveis.
"Vão ser bancos de desenvolvimento africanos que indicaram um elevado grau de interesse neste projeto", disse. Learmonth disse que a maior parte do financiamento para o projeto Bilboes virá de dívida.
"Não vamos abordar o mercado para qualquer financiamento sem dívida até termos uma ideia melhor da capacidade de endividamento porque, francamente, nada será tão barato como o financiamento com dívida", disse.
O lucro operacional da Caledonia caiu 62% em 2023 para US $15,18 milhões, de US $40,28 milhões no ano anterior. O declínio foi atribuído principalmente ao aumento dos custos administrativos e de produção.
Mathew Nyaungwa, Editor Chefe do Bureau Africano, para a Rough&Polished