Segundo o presidente da Norilsk Nickel, Vladimir Potanin, os projectos internacionais, como as fundições de concentrado de cobre na China, permitirão aproximar o produto do local de consumo, pelo que o produto final deixará de ter o estatuto de produzido na Rússia e será mais difícil impor-lhe sanções.
"Isto resolve em grande medida as questões das liquidações mútuas. Mesmo em jurisdições "amigáveis", os pagamentos são atualmente um dos maiores estrangulamentos, impedindo os exportadores e os importadores de realizarem as suas actividades de forma normal", afirmou Potanin.
Segundo ele, num futuro próximo, a Norilsk Nickel terá de gastar 3-4 vezes mais com o serviço da dívida do que há 3-4 anos. Esta situação deve-se, entre outros factores, aos descontos sobre as matérias-primas russas devido aos riscos que lhes estão associados.
"Há alguns anos, não podíamos sequer imaginar que fosse possível. Mas no domínio dos pagamentos, os riscos são especialmente graves, porque a sua falta pode levar à paragem das empresas. É claro que devemos evitar ao máximo esses riscos. E a presença de certas cadeias de produção que conduzem os nossos produtos diretamente ao mercado de consumo também alivia este problema".
Através da criação de empresas comuns com parceiros internacionais, a Norilsk Nickel pretende receber uma parte dos seus rendimentos, de modo a devolver uma parte significativa sob a forma de dividendos à Rússia.
Theodor Lisovoy, Editor Chefe do Bureau Europeu, para a Rough&Polished