De acordo com o vice-ministro das Finanças da Rússia, Alexey Moiseev, a empresa russa de extração de diamantes ALROSA será forçada a vender a sua participação no projeto Catoca, uma joint-venture com a empresa estatal angolana Endiama.
O vice-ministro salientou que as autoridades angolanas têm receio de cooperar com uma empresa russa que foi objeto de sanções ocidentais. "Os angolanos consideram que a presença da ALROSA como acionista de referência os impede de desenvolver a sua atividade. Na verdade, têm uma boa razão para isso. Já vemos que muitas empresas ocidentais - tanto fornecedores como compradores de diamantes - estão a dizer: vocês têm a ALROSA como acionista, não vamos trabalhar convosco. Por conseguinte, estão a ser consideradas diferentes opções, mas a conclusão é que, aparentemente, este ativo terá de ser vendido", acrescentou Moiseev.
Entretanto, as negociações sobre a saída da ALROSA avançaram numa direção construtiva, e o preço de venda está a ser discutido com "investidores amigos", continua. "Agora há uma conversa construtiva, apareceram investidores amigáveis, com quem tudo pode ser feito sem processos ou incidentes", concluiu Moiseev.
O depósito de diamantes de Catoca foi descoberto em 2013. Os seus recursos estão estimados em 628 milhões de quilates, com uma vida útil prevista da mina de 60 anos. A participação da ALROSA na Sociedade Mineira de Catoca, que gere o projeto, é de 41%.
Theodor Lisovoy, Editor Chefe do Bureau Europeu, para a Rough&Polished