A Coligação da Sociedade Civil para o Processo de Kimberley (KPCSC) emitiu uma declaração que coincide com o início da reunião intersessional do Processo de Kimberley no Dubai, esta semana, argumentando que a organização precisa de mudar a sua "atitude" e "mentalidade" para resolver os problemas actuais que estão no centro do seu mandato.
"A sociedade civil manifesta a sua profunda preocupação com o facto de o Processo de Kimberley não ter avaliado seriamente o seu papel no agravamento ou atenuação dos conflitos em curso, em particular a agressão da Rússia contra a Ucrânia e o conflito persistente na República Centro-Africana (RCA)", afirmou o KPCSC num comunicado.
Segundo os membros do grupo da sociedade civil, o facto de o Processo de Kimberley não ter proporcionado um fórum de discussão e cooperação sobre esta questão comercial contribuiu significativamente para a turbulência e a incerteza que atualmente permeiam a cadeia de abastecimento.
"O Processo de Kimberley precisa de uma revisão significativa para cumprir de forma credível o seu mandato de promover a prevenção de conflitos e o desenvolvimento sustentável. Reconheçamos o risco iminente de que, sem uma reforma substancial, o Processo de Kimberley prejudique, em vez de reforçar, a confiança dos consumidores nos diamantes", afirmou.
Por fim, o KPCSC apelou aos membros do PK para que adoptassem uma abordagem muito mais abrangente, não só para proibir que os diamantes financiem grupos rebeldes, mas também para aproveitar a extração de diamantes para impulsionar o desenvolvimento e melhorar o bem-estar económico, social e físico das comunidades.
Theodor Lisovoy, Editor chefe do Bureau Europeu, para a Rough&Polished