Teve início em Moscovo a primeira sessão estratégica "Tecnologias da informação e línguas dos povos da Rússia", durante a qual cientistas, linguistas, especialistas em tecnologia digital e programadores de TI discutirão a preservação do património linguístico dos pequenos povos indígenas do país.
De acordo com as estimativas do Instituto de Linguística da Academia das Ciências da Rússia, quase 91% das línguas russas estão a desaparecer ou ameaçadas de extinção. Para preservar o património cultural e linguístico dos povos indígenas, os cientistas estão a começar a utilizar tecnologias modernas.
A empresa mineira e metalúrgica Norilsk Nickel opera principalmente na zona árctica da Federação Russa e coopera ativamente com representantes de pequenos povos indígenas do Norte, ajudando a preservar o seu código cultural. A empresa financia livros, jornais e material didático, tendo também apoiado o desenvolvimento de tradutores móveis nas línguas indígenas do Taimyr, informou a Nornickel no seu canal na rede social Telegram.
Graças a estas aplicações, pessoas de todo o mundo podem aprender como soam as línguas dos Entsy, Nenets, Nganasan, Dolgan e Evenki. Os criadores também deram aos falantes nativos a oportunidade de fazer adições e correções aos dicionários.
"Realizamos festivais de folclore, publicamos livros e criamos grupos nos quais as crianças e os seus pais estudam as suas línguas nativas Nganasan e Dolgan. No âmbito do projeto, abrimos novos jardins-de-infância de estilo étnico, com trajes nacionais, modelos de casas, artigos domésticos e instrumentos musicais. Este ambiente aumenta o interesse das crianças em aprender a cultura, as tradições e a língua do seu povo nativo", afirmou Andrey Grachev, vice-presidente da Nornickel para os programas federais e regionais, na sessão plenária "Língua e digital: Sinergia do Estado, da sociedade e das empresas".
Theodor Lisovoy, Editor Chefe do Bureau Europeu, para a Rough&Polished