O sindicato da maior mina de cobre do mundo, Escondida, no Chile, assinou um acordo com a BHP, atenuando as preocupações quanto a um impacto na oferta global do metal.
O acordo de três anos inclui mudanças nas condições de trabalho, tais como “iniciativas para otimizar as mudanças de turno, aumentar a utilização do equipamento e o cumprimento da lei das 40 horas”, de acordo com o comunicado da BHP citado pela Reuters. Uma mensagem interna do sindicato pediu aos membros para regressarem ao trabalho.
O sindicato, que representa cerca de 2400 pessoas, iniciou a greve a 13 de agosto, depois de não ter conseguido chegar a um acordo sobre os salários. O comunicado da BHP não forneceu mais pormenores sobre o acordo com o sindicato, mas fontes da empresa e do sindicato disseram à Reuters que a BHP ofereceu aos trabalhadores cerca de 32.000 dólares como bónus e mais 2.000 dólares em empréstimos bonificados.
As negociações entre o sindicato e a empresa têm sido tensas desde o início de agosto. Após o encerramento das negociações regulares, o sindicato da mina de Escondida votou contra os termos de um novo contrato salarial.
Depois disso, a BHP solicitou um período de mediação obrigatório, permitido pelas regras de negociação colectiva do Chile, antes de se poder iniciar uma greve. Esse período inclui cinco dias úteis de mediação, que podem ser prolongados por mais cinco dias se ambas as partes concordarem. No entanto, o sindicato entrou em greve, que durou apenas 3 dias, antes de se chegar a um acordo.
A produção de cobre em Escondida ultrapassa 1 milhão de toneladas por ano, cerca de 5% de todo o cobre extraído no mundo. A BHP detém mais de metade da Escondida, enquanto a Rio Tinto e a JECO Corp controlam participações minoritárias.
Theodor Lisovoy, Director de edição, para a Rough&Polished