O gigante mineiro BHP confirmou a sua intenção de fazer do cobre um elemento central da sua estratégia de crescimento futuro, apesar do fracasso do negócio de aquisição da Anglo American, com a sua tentadora carteira de cobre, no início do ano.
O grupo planeia agora duplicar a sua produção de cobre na Austrália, continuando a investir nos seus ativos na América do Sul e a construir uma carteira robusta através de investimentos na fase inicial, informa a Mining Weekly, referindo-se ao CEO do grupo, Mike Henry.
“Temos um caminho a percorrer para atingir mais de dois milhões de toneladas de produção de cobre por ano, pelo que a nossa forte posição deverá tornar-se ainda mais forte”, afirmou numa apresentação aos investidores.
A BHP prevê que a procura global de cobre aumente 70% entre 2021 e 2050, o que suscita preocupações de que a indústria mineira possa ser incapaz de satisfazer as necessidades de abastecimento devido a desafios significativos na concretização de novos projectos.
“Os desafios para trazer novos suprimentos permanecem significativos”, observou Henry.
No exercício financeiro de 2024, a BHP produziu 1,9 milhão de toneladas de cobre, 9% a mais do que no ano anterior. Suas reservas totais de minério de cobre são estimadas em 44 bilhões de toneladas com um grau médio de 0.59%.
Apesar de alguns desafios, como a suspensão temporária das operações de níquel na Austrália Ocidental, a BHP continua focada na excelência operacional, na criação de valor social e na otimização da carteira para o futuro. A empresa também está a progredir antes do previsto no seu projeto de potássio de Jansen e estabeleceu uma joint venture com a Lundin Mining para oportunidades de crescimento do cobre na Argentina.
Theodor Lisovoy, Director de edição, para a Rough&Polished