A Câmara de Minas da Zâmbia pediu ao Governo que suspendesse as reformas legislativas e políticas propostas, que apelidou de “uma ameaça sem precedentes” aos direitos dos investidores e que enfraquecerão as ambições do país de aumentar a produção de cobre.
Segundo a Reuters, o grupo de pressão opõe-se a um projeto de lei e a planos conexos que visam aumentar o controlo estatal sobre alguns minerais.
Num comunicado a que a agência noticiosa teve acesso, a Câmara afirma que a administração do Presidente Hakainde Hichilema tem demonstrado uma “relutância constante” em consultar “de forma significativa” as empresas mineiras.
A Câmara de Comércio e Indústria da Zâmbia (CMC), que tem como objetivo atrair investimentos para o país, que depende do cobre para cerca de 70% das suas receitas de exportação, disse que Lusaka corre o risco de desfazer todo o bom trabalho realizado desde que chegou ao poder em 2021.
O governo da Zâmbia anunciou recentemente planos para criar uma empresa estatal para controlar pelo menos 30% da produção futura de minas de minerais críticos, incluindo o cobre.
O segundo maior produtor de cobre de África tem como objetivo uma produção de três milhões de toneladas no início da próxima década, contra menos de 700 000 toneladas em 2023.
Mathew Nyaungwa, Editor Chefe, para a Rough&Polished