Os mineiros chineses Zhejiang Huayou Cobalt e Tsingshan Holding Group vão criar uma mina de lítio no Zimbabué com uma empresa estatal, apesar dos baixos preços do metal para baterias.
Segundo a Bloomberg, o diretor executivo da Kuvimba Mining, Trevor Barnard, disse que as duas empresas chinesas, que já exploram projectos de lítio no país, deverão concluir um estudo antes de construírem uma mina e uma fábrica de processamento em Sandawana.
A empresa pública é proprietária do ativo.
Os planos de construção da Huayou e da Tsingshan custariam entre US$ 250 milhões e US$ 300 milhões, produzindo cerca de 500 mil toneladas por ano de concentrado de lítio.
As empresas estão a realizar um estudo de viabilidade mais aprofundado, que deverá estar concluído nos próximos três meses.
O Zimbabué tornou-se um produtor substancial de lítio nos últimos dois anos e espera-se que contribua com cerca de 10% da oferta global extraída este ano, de acordo com o CRU Group.
Barnard afirmou que a Huayou e a Tsingshan se comprometeram a devolver o ativo à Kuvimba após um período mínimo de cinco anos e a recuperar o empréstimo que financiaria o projeto, em vez de deterem ações da Sandawana.
A Rio Tinto explorou uma mina de esmeraldas em Sandawana durante várias décadas no século passado.
A Kuvimba, que dividiu Sandawana em três blocos, está atualmente em discussões com potenciais investidores relativamente a dois projectos adicionais em fase inicial que necessitam de mais exploração.
Os investidores incluem uma empresa detida pelo empresário britânico Algy Cluff, que desempenhou um papel importante no desenvolvimento da indústria de petróleo e gás do Mar do Norte e supervisionou projectos mineiros em países africanos como o Zimbabué.
As empresas chinesas continuam a procurar matéria-prima para abastecer as refinarias nacionais, apesar de os preços do lítio à vista terem caído cerca de 90% desde finais de 2022, o que resultou em paragens e adiamentos ocasionais da produção em todo o mundo.
Mathew Nyaungwa, Editor Chefe, para a Rough&Polished