A Savannah Resources, com sede em Londres, anunciou o adiamento da entrada em funcionamento do seu projeto de lítio do Barroso, em Portugal, para 2027, devido a mudanças no governo.
A empresa esperava iniciar a produção em 2026. No entanto, o anterior governo português, liderado pelo primeiro-ministro socialista António Costa, foi acusado de irregularidades associadas a projectos de lítio e hidrogénio no país.
“A mudança de governo provocou um atraso de mais de meio ano no desenvolvimento do projeto”, explica a Reuters, citando representantes da Savannah.
A empresa acrescentou que o acesso aos terrenos foi particularmente afetado pelas mudanças administrativas. Anteriormente, a Savannah disse que iria pedir ao Governo português que autorizasse a aquisição obrigatória de terrenos para as suas planeadas minas de lítio. O governo tem o poder de autorizar uma aquisição obrigatória no interesse público.
Atualmente, a empresa espera apresentar o seu estudo de viabilidade definitivo no segundo semestre de 2025, com a confirmação do licenciamento ambiental concluída num prazo semelhante. O comissionamento e a primeira produção do projeto poderão então ter lugar em 2027, afirmou.
De acordo com a empresa, o projeto do Barroso é o recurso mais significativo da Europa de espodumena de rocha dura, contendo 28 milhões de toneladas de minério para um total de 293.400 toneladas de óxido de lítio. No passado, o projeto enfrentou uma forte oposição dos residentes locais e dos ambientalistas.
Theodor Lisovoy, Director de edição, para a Rough&Polished