O fornecimento de diamantes naturais atingiu o seu pico, com o declínio das descobertas a aproximar-se, de acordo com o chefe executivo de operações geridas pelo Grupo De Beers, Moses Madondo.
“Temos de reconhecer que já passámos o pico da oferta de diamantes. Apesar da exploração extensiva, apenas uma descoberta comercial - a mina de Luele, em Angola - foi feita no século XXI”, disse Madondo à Mining Weekly no Joburg Indaba, em Joanesburgo.
O depósito de diamantes de Luele foi descoberto em 2013 pela empresa angolana Catoca, controlada pelo Estado.
Trata-se de uma das maiores descobertas de diamantes em mais de 50 anos.
“As perspectivas mais gerais indicam um declínio na produção mundial de diamantes. Embora isto possa criar pressões sobre a oferta, oferece um potencial de crescimento dos preços”, disse Madondo.
Ele disse que a produção diminuiria em quatro fases.
A fase inicial registará uma queda abrupta em resultado do encerramento iminente de numerosas minas, bem como daquelas que interromperam as operações no ano passado.
Para além do encerramento de minas, outras minas de diamantes estavam a sofrer cortes de produção em resultado das condições adversas do mercado.
Subsequentemente, verificar-se-ia um aumento modesto da oferta até 2026, altura em que se iniciaria uma nova queda, à medida que importantes minas de diamantes no Canadá terminassem a produção.
A Madondo previu que a oferta de diamantes registará uma rápida redução a partir de 2028, em resultado do encerramento de minas e do declínio da produção no Canadá e na Rússia.
Posteriormente, é possível prever uma redução anual de aproximadamente um por cento até 2040. No entanto, o declínio durante este período poderá ser parcialmente atenuado pelo reinício das operações subterrâneas em Jwaneng, no Botswana, e na mina de diamantes Mir, na Rússia.
Mathew Nyaungwa, Editor Chefe, para a Rough&Polished