A KPMG, uma empresa de auditoria, fiscalidade e consultoria, nomeou a descarbonização como a componente chave para garantir a excelência operacional das empresas mineiras.
No seu mais recente relatório “Metals and Mining Outlook”, a KPMG destaca o crescente enfoque na redução da pegada de carbono no sector, que se tornou uma das principais prioridades dos líderes para o próximo ano.
“As empresas de mineração e metais são fundamentais na transição energética”, disse Trevor Hart, líder do setor de mineração da KPMG, ao Mining Weekly.
Hart explicou que o relatório de 2023 se centrou no papel das indústrias mineiras e metalúrgicas na viabilização de um futuro sem carbono. Este ano, no entanto, o foco mudou para os esforços para reduzir as emissões de carbono em meio a preços voláteis de commodities, mudanças geopolíticas e uma escassez de recursos e habilidades tecnológicas, o que representou desafios e oportunidades para o setor.
O relatório também abordou a volatilidade dos preços. Dos 453 executivos de nível C de 20 países do sector metalúrgico e mineiro, 66% afirmaram que a volatilidade dos preços de produção tinha aumentado nos últimos dois anos, enquanto 53% referiram tendências semelhantes para os preços dos factores de produção.
Com a expansão das tecnologias de energia verde, espera-se que a procura global de minerais críticos duplique até 2040, podendo quadruplicar em cenários de desenvolvimento sustentável. O relatório da KPMG revela que as empresas metalúrgicas e mineiras devem acelerar os esforços para reduzir as emissões, respondendo simultaneamente às necessidades de descarbonização dos clientes. Os dados mostram que 75% das empresas destes sectores estabeleceram objectivos de emissões líquidas nulas, sendo que 40% pretendem atingir emissões líquidas nulas até 2040 e 29% até 2025.
Theodor Lisovoy, Director de edição, para a Rough&Polished