A empresa estatal do Botswana, Okavango Diamond Company (ODC), iniciará as vendas de diamantes por contrato em setembro, marcando uma mudança estratégica no âmbito do seu acordo de comercialização revisto com a De Beers.
A medida tem como objetivo diversificar os canais de venda da ODC.
Aproximadamente 40% do seu fornecimento será vendido através de contratos, enquanto os restantes 60% serão atribuídos a leilões, parceiros estratégicos e empresas sediadas no Botswana.
Atualmente, a ODC depende fortemente de leilões online, normalmente realizados dez vezes por ano.
A nova abordagem reflete o modelo da De Beers, em que 90% dos diamantes são vendidos a sightholders selecionados ao abrigo de um contrato.
"O acordo anterior tinha uma cláusula que nos impedia de competir diretamente com a De Beers nas vendas por contrato", afirmou o diretor-geral da ODC, Mmetla Masire, citado pela Reuters.
A empresa já começou a selecionar os compradores, devendo os contratos estar concluídos até setembro.
Nos termos do acordo de 10 anos assinado em fevereiro, a participação da ODC na produção da Debswana - uma joint-venture 50-50 com a De Beers - aumentará de 30% para 40% até à conclusão do acordo, podendo atingir 50% se for prolongado.
O anúncio surge no meio de um mercado mundial de diamantes frágil, em que a fraca procura e o excesso de oferta pressionaram as receitas.
No entanto, Masire observou sinais preliminares de recuperação, citando a melhoria da demanda na China e na Índia, apesar das incertezas persistentes das tarifas dos EUA.
Mathew Nyaungwa, Editor Chefe, para a Rough & Polished