Ganga Júnior falava durante a sua participação no webinar sobre o sector diamantífero, “resiliência, sustentabilidade e perspectiva fiscais”, promovido pelo Ministério da Finanças, destacando os projectos em carteira, que poderão contribuir para o aumento da produção e do valor das receitas.
Há dois anos (2018), este subsector contribuiu com 252,2 milhões para o OGE, cifra que aumentou consideravelmente no ano passado (2019) para 328,2 milhões de dólares norte-americanos.
A projecção e produção de kimberlito em Angola passou de oito milhões 973 mil e 680 quilates em 2017, para nove milhões 216 mil e 802 quilates, em 2018; nove milhões 86 mil 659 quilates, em 2019, e oito milhões 310 mil previstos até finais do corrente ano.
Com a pandemia da COVID-19, o subsector foi fortemente afectado e viu reduzido em 20% a sua capacidade de produção, passando dos mais de oito milhões de quilates produzidos até finais de setembro, para uma produção na ordem dos cinco milhões 890 mil e 387 quilates de diamantes, dos quais três milhões aproximadamente em stocks.
Para esta elevada quantidade de diamantes em stock, terá contribuído, consideravelmente, o encerramento de algumas das principais praças mundiais entre Março e Abril último, com destaque para a Bélgica e Índia, onde 90% da produção de diamantes de Angola é lapidado.
Ainda assim, Angola almeja posicionar-se no terceiro produtor do mundo de diamantes, depois da Alrosa e da De Beers, com uma produção na ordem dos 30 milhões de quilates por ano.
O subsetor dos diamantes conta, actualmente, com 25 projectos de kimberlito (17 secundário e 8 primários) e 13 em produção (03 primários e 10 secundários). Em conjunto, os mesmos empregam 11 mil e 762 postos de trabalho.
Dias Francisco, correspondente da Rough&Polished em Angola