Ganga Júnior adiantou que os contactos e as negociações, em alguns casos, “já estão em estágio avançado.
O possível regresso das duas multinacionais, segundo ainda Ganga Júnior, “é bem-vinda”, tendo em conta do ano que considera difícil para a indústria diamantífera angolana, marcada acentuadas quedas de produção e o encerramento dos principais mercados mundiais de diamantes, por conta da actual pandemia da Covid-19.
“De repente, deixámos de comprar e vender. Todos os países e mercados financeiros internacionais também fecharam”, referiu o PCA da ENDIAMA, apontando para a praça belga e indiana.
Angola, como se sabe, produz anualmente entre nove e 10 milhões de quilates, o que representa cerca de um terço do que é produzido pela Alrosa e a De Beers.
No quadro das reformas em curso no sector, a Empresa Nacional de Diamantes de Angola encontra-se em processo de privatização, um exercício que se procura efectivar até 2022.
A ideia é que a gigante diamantífera angolana venha, igualmente, abdicar dos negócios fora do seu core business, exercício que se pode reflectir no aumento significativo nas contribuições fiscais, que se apresentam ainda mínimas.
Em 2018 e 2019, os cofres do Estado beneficiaram com uma contribuição de 252 milhões de dólares e 328 milhões, respectivamente, por parte da ENDIAMA, que pretende aumentar para quase 1,4 mil milhões em dois anos.
Dias Francisco, correspondente da Rough&Polished em Angola