A Bolsa de Metais de Londres deve reconsiderar sua decisão de não proibir o uso do alumínio russo em sua rede de armazéns, uma vez que grandes volumes comprometem o status do contrato de referência, de acordo com uma carta da Norsk Hydro.
Por seu lado, a LME declarou que continuaria a refletir todas as sanções e tarifas governamentais relevantes e a monitorizar quaisquer preocupações de ordem do mercado relativamente ao metal russo.
"Registamos que todos os metais de origem russa continuam a ser consumidos por uma vasta secção do mercado e manter-nos-emos vigilantes em relação a esta questão", afirmou a LME num comunicado.
A Rusal, o maior produtor de alumínio da Rússia, afirmou que a exclusão do metal russo da cadeia de abastecimento seria "extremamente destrutiva" para a estrutura do mercado em termos de liquidez.
"A Rusal acredita que estes comentários têm como objetivo desestabilizar o mercado e encorajar comportamentos anti-concorrenciais... portanto, no interesse de um concorrente", diz o comunicado citado pelo metals-expert.com.
O alumínio russo representava 80% das existências de alumínio disponíveis nos armazéns registados na LME em junho, em comparação com 68% em maio, 41% em janeiro e menos de 18% em outubro passado.
Alguns analistas estimam o desconto para o alumínio russo em $100-$300 por tonelada métrica, disse a Norsk Hydro.
Embora não existam sanções internacionais contra o metal russo, muitos consumidores estão a evitar o alumínio produzido pela Rusal, que representa 6% da oferta mundial.
Alex Shishlo para a Rough&Polished