A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Marabá, no estado brasileiro do Pará, afirma que a Vale, uma grande empresa de mineração, não repassou ao município a exploração de ouro e prata na mina de cobre de Salobo nos últimos dez anos.
A suposta soma do valor não declarado é de cerca de R$ 400 milhões (US$ 82 milhões), informa o mining.com.
A CPI alega que a empresa não declarou quanto ouro e prata foi extraído da mina de Salobo, dizendo que a mineradora não pagou a compensação financeira à União, Estados, Distrito Federal e Municípios pelo aproveitamento econômico dos recursos minerais em seus respectivos territórios, chamada CFEM.
"De acordo com o nosso cálculo, são cerca de R$ 241 milhões, que, corrigidos, chegam a R$ 400 milhões", disse o vereador Marcelo Alves.
O vereador e presidente da CPI questionou a não declaração do ouro do projeto Salobo pela mineradora.
A empresa diz que recolhe regularmente os impostos e tributos, observando a legislação estadual.
"A Vale esclarece que o produto final das minas de Sossego e Salobo é o concentrado de cobre. A CFEM é recolhida de acordo com a legislação específica sobre o assunto e tem como base a precificação desse concentrado, que inclui outros minerais contidos, como ouro e prata", disse a mineradora em comunicado enviado por e-mail ao mining.com.
"Em recente reunião da CPI em Marabá, a empresa demonstrou que os valores cobrados já contemplam todos os minerais contidos no concentrado de cobre, não havendo qualquer pendência de pagamento", acrescentou a Vale.
Theodor Lisovoy, Editor Chefe do Bureau Europeu, para a Rough&Polished