Numa carta enviada ao presidente do Processo de Kimberley (PK), Zhemu Soda, o vice-ministro das Finanças russo, Alexey Moiseev, expressou a sua desaprovação do protocolo dos diamantes proposto pelos países do G7, argumentando que este mina os esforços do PK e cria uma estrutura paralela redundante.
De acordo com a carta recebida hoje pela Rough&Polished, o Ministério das Finanças russo assistiu a "tentativas irresponsáveis consistentes de minar os resultados do PK" em 2022-2023, acusando os países ocidentais de serem os principais actores por detrás dessas actividades.
Além disso, afirmou que estas nações estão "deliberadamente a minimizar as realizações do PK e a questionar a sua eficácia", ao mesmo tempo que tentam sabotar a agenda das reuniões plenárias, bem como bloquear a nomeação da Bielorrússia para a presidência do PK.
"Os países ocidentais lançaram uma campanha de ódio contra a Rússia no âmbito do Processo de Kimberley, abusando sem escrúpulos do princípio de diálogo aberto do PK", afirma Moiseev.
Moiseev considera que as sanções e as medidas restritivas do G7, se aplicadas, assumirão essencialmente a forma de uma estrutura paralela ao Processo de Kimberley e que a exclusão do maior fornecedor mundial de diamantes em volume do mercado conduzirá a uma "distorção do mercado".
Por último, Moiseev argumentou que "quaisquer tentativas de acusar a Rússia de incumprimento" dos princípios do PK "são completamente infundadas".
"Assim, a fim de demonstrar mais uma vez aos participantes no PQ o pleno cumprimento dos requisitos mínimos do PQ por parte da Federação Russa, gostaríamos de vos informar da nossa disponibilidade para acolher uma visita de revisão à Rússia em 2024", afirmou.
A próxima reunião plenária do PK realizar-se-á de 6 a 10 de novembro em Victoria Falls, no Zimbabué.
Theodor Lisovoy, Editor chefe do Bureau Europeu, para a Rough&Polished