Os trabalhadores do projeto Escondida do Grupo BHP no Chile, a maior mina de cobre do mundo, rejeitaram a proposta salarial da empresa no final das negociações regulares, aguardando agora a mediação do governo para evitar a greve.
Os membros do principal sindicato da mina de Escondida votaram contra os termos de um novo contrato salarial, de acordo com um comunicado do grupo citado pela Bloomberg.
Num comunicado, a BHP afirmou que as operações continuam a funcionar normalmente e que a empresa irá solicitar o período de mediação obrigatório permitido pela regra de negociação colectiva do Chile antes do início de uma greve. Esse período inclui cinco dias úteis de mediação, que podem ser prolongados por mais cinco dias se ambas as partes concordarem.
Desde então, a empresa solicitou a mediação do governo chileno com o sindicato, salientando que a mina está a funcionar normalmente e que o seu objetivo seria chegar a um acordo contratual para os trabalhadores da mina.
O sindicato exigiu que 1% dos dividendos fosse distribuído igualmente entre os trabalhadores, mas recusou-se a comentar o pedido de mediação da empresa.
A produção de cobre em Escondida ultrapassa 1 milhão de toneladas por ano, cerca de 5% de todo o cobre extraído no mundo. A BHP detém mais de metade da Escondida, enquanto a Rio Tinto e a JECO Corp controlam participações minoritárias.
Theodor Lisovoy, Editor Chefe, Rough&Polished